No tempo de nossas avós não havia sarampo recolhido que resistisse a um banho com florzinhas de sabugueiro, nem dor de barriga que não desaparecesse com um chá de boldo. Grandes conhecedoras de tudo, ensinavam fórmulas mágicas para acabar com as cólicas dos bisnetos: as mães deveriam tomar uma infusão de melissa e através do leite materno, as dores do bebezinho se calmavam e ele dormiria como um anjinho. As avós pareciam verdadeiras bruxinhas do bem pois sabiam benzer quebrantos e maus-olhados com arrudas e alecrim... é elas eram e são grandes sábias e nos deixaram muitos ensinamentos valiosos, tanto que hoje em dia a industria farmacêutica vem pesquizando estas plantas e seu potencial terapêutico.
Veja as formas mais comuns de uso das ervas:
CATAPLASMA: Verte-se o sumo das ervas sobre um tecido que é aplicado em lesões. Quando misturado com lanolina vira UNGUENTO.
DECOCÇÃO: Caules e raízes~são usados no preparo do chá, que é fervido em fogo brando. Pode ser feito com canela e gengibre.
INFUSÃO: Joga-se água fervente em folhas e flores, como camomila e erva-doce. O recipiente é tampado e deixa-se em repouso alguns minutos.
MACERAÇÃO: A planta fica em água, álcool de cereais ou vinagre por horas ou semanas. Muito usado para fazer repelentes com citronela.
As eleitas da sua famácia verde:
1 . ARRUDA (Ruta graveoleus)
Boa para acabar com pulgas dos animais de estimação. Um raminho amarrado na coleira é mais do que suficiente para deixá-las longe. Altamente tóxica, o uso da arruda deve ser restrito a banhos, cataplasmas e para purificar ambientes. Segundo a crença popular, afasta o mau-olhado e atrai boa sorte.
2. ALECRIM (Rosmarinus Officialis)
Útil nos estados depressivos, a erva dá força e vigor áqueles que sentem exaustão por causa da intensa atividade física e intelectual. No uso doméstico, ramos de alecrim são colocados entre as roupas para evitar traças.
3. LOURO (Laurus nobilis)
Bom para aliviar dores do reumatismo e de batidas. Adicionadas nos banhos de imersão, as folhas atenuam o cansaço. Seu óleo é usado para tratamento de hemorróidas.
4. CAPIM-LIMÃO (Cymbopogon citratus)
Tem efeito relaxante, calmante e sedativo. É apropriado para o tratamento do reumatismo e das dores musculares.
5. AMOREIRA (Morus celsa)
Essa árvore é quase uma minifarmácia, pois suas propriedades terapêuticas são encontradas nas folhas, flores, raízes e até na casca. Cada uma tem a sua serventia: dor de dente, tosse, dores estomacais e prisão de ventre estão entre os males combatidos.
6. SÁLVIA (Salvia officialis)
O chá de suas folhas ajuda na digestão e é muito bom para gengivas inflamadas. Contra indicado no período de menstruação e lactação, pode aumentar o fluxo ou causar cólicas no bebê.
7. MORANGUEIRO (Fragaria vesca)
Excelentes cicatrizantes, suas folhas são empregadas em compressas para feridas e ulcerações. Também é eficaz contra a vermelhidão da pele causada por frio, vento ou sol.
8. SABUGUEIRO (Sambucus ebulus)
Eficaz como diurético e laxante, serve também para aliviar dores reumáticas e do nervo ciático. No interior do Brasil, é muito utilizado em banhos e infusões para tratar catapora e sarampo.
9. CAPUCHINHA (Tropaeolum majus)
Ricas em vitamina C, suas folhas combatem a bronquite e ajudam a acalmar a tosse. A erva ainda previne a prisão de ventre e é muito usada contra insônia.
10. CINERÁRIA (Senecio cineraria)
Descongestionantes e antiinflamatórias, as folhas são recomendadas para tratar conjuntivites e pálpebras inchadas.
11. HORTELÃ (Mentha piperita)
Seu princípio ativo, que reúne mentona e mentol, lhe confere propriedades tônicas, calmantes, digestivas e anti-sépticas.
Conserve-os sempre em local seco e longe da luz. É que o calor e a umidade podem alterar os pricípios ativos das plantas.
Fonte: Estilo natural
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